domingo, 22 de abril de 2012

A retenção de cuidadores no Programa de Intervenção Precoce e Competências Parentais – Metodologia de investigação

Até ao final do ano de 2010, o Programa de Intervenção Precoce e Competências Parentais (PIPCP) tinha contabilizado 35 desistências nos seus 10 Projetos Locais.
Um dos objetivos deste estudo era o de aplicar questionários a todos os participantes que tinham desistido. No entanto, devido a questões ligadas à dificuldade de se contatarem todos os cuidadores que tinham abandonado o PIPCP, apenas foi possível inquirir 22 cuidadores. O tratamento destes inquéritos foi realizado pela Divisão de Estudos e Planeamento do Centro de Segurança Social da Madeira.
Simultaneamente, realizaram-se entrevistas semi estruturadas, a uma amostra de 34 cuidadores que frequentavam o PIPCP no momento. Estas entrevistas foram transcritas, na sua totalidade e depois procedeu-se à realização do seu tratamento através de um processo de análise de conteúdo.

Resultados
Análise quantitativa
Numa análise descritiva dos cuidadores inquiridos, podemos referir que dos 22 que constituíam esta amostra, apenas dois eram do sexo masculino, enquanto 19 eram do sexo feminino.
Desta amostra nota-se também que enquanto 19 cuidadores abandonaram o PIPCP prematuramente, apenas 3 declararam nunca ter ido a nenhum a sessão.
Nota-se também que o maior número de desistências se verifica entre os cuidadores que ainda não atingiram 30 anos e que a maior parte se concentra no Concelho do Funchal e de Santa Cruz.
A maioria dos inquiridos pertencem em igual distribuição a famílias mono parentais e a famílias nucleares e verifica-se que a maior parte dos indivíduos desta amostra tem dois ou um filho com idade igual ou inferior a seis anos.
O nível de escolaridade dos cuidadores inquiridos, varia entre a conclusão ou frequência do 1º ciclo e do 3º ciclo.
No que se refere ao emprego e consequentemente ao nível de rendimentos auferidos pelos cuidadores, 85% dos inquiridos estão desempregados, pelo que se prevê que os rendimentos do agregado familiar sejam baixos.

Em relação aos resultados operacionais deste estudo, verifica-se que os inquiridos que frequentaram o programa antes de o abandonarem, tiveram uma participação que variou entre 1 e 15 meses.
No que se refere às sessões, 95% referiu que o espaço onde estas decorriam era adequado, 89% referiu que o seu conteúdo se revelou interessante, 100% referiu que as atividades desenvolvidas eram interessantes e 89% revelou que a duração das sessões era adequada.
100% dos inquiridos revelou que ficaram agradados com o desempenho dos técnicos (Gestoras de Grupo).

Relativamente às expetativas pessoais no que se refere ao programa, 42% referiu que este foi ao encontro do que esperava, enquanto que para 53% dos inquiridos, este não satisfez as suas expetativas. Apesar destes valores, 90%dos inquiridos consideravam que o PIPCP ia ao encontro das suas necessidades pessoais.

Das razões porque presumivelmente os inquiridos terão abandonado o programa, consideramos as seguintes:
- A relação com os outros participantes: 37% referiu haver conflitos, enquanto 63% referiram que a relação era boa;
- Mudança de residência: 37% mudou de residência, enquanto 63% revelou ter mantido a mesma residência;
- Ter cuidadores alternativos para as crianças: 21% revelou não ter com quem deixar os filhos, enquanto 79% disse não ter esse problema;
- Inserção no mercado de trabalho: 11% revelou ter iniciado uma atividade laboral, enquanto em 89% isso não se verificou;
- Impedimento de frequentar o PIPCP por algum familiar: 95% dos inquiridos revelou que esta situação não se verificou;
- Impedimento de frequentar o PIPCP por motivo de doença: 95% dos inquiridos revelou que esta situação não se verificou;
- Falta de transporte: 16% dos inquiridos declarou que esta dificuldade se revelou, enquanto que em 79% dos inquiridos esta dificuldade não se colocou;
- Cessação da prestação de Rendimento Social de Inserção: 53% dos inquiridos referiu a cessação do RSI, enquanto 47% revelou que essa situação não se aplicou;
- Cessação do apoio monetário no âmbito da Ação Social: enquanto 26% dos inquiridos referiu esta condição, 73% referirem que esta situação não se colocou.

Análise qualitativa
A análise de conteúdo foi realizada em função das categorias que passamos a enunciar

Categoria: Opinião sobre o PIPCP
Sub categoria: opinião positiva
Classificação: Forma de aprendizagem
Forma de convívio
Forma de diversão
Passatempo
Partilha de opiniões

Categoria: Motivo de participação
Sub categoria: razão da participação
Classificação: Apoio da ação social
Melhoria de competências parentais
Falta de ocupação
Gosto pelo programa

Categoria: Grupo de cuidadores
Sub categoria: opinião positiva
Classificação: Importância do trabalho de grupo
Importância das relações de amizade
Importância do convívio
Sub categoria: opinião negativa
Classificação: Desconforto
Ausência de relacionamento fora das sessões

Categoria: Frequência do PIPCP
Sub categoria: facilidade
Classificação: Distancia
Cuidadores alternativos
Motivação
Sub categoria: dificuldade
Classificação: Distancia
Cuidadores alternativos
Sub categoria: motivos de falta de assiduidade
Classificação: Saúde dos filhos
Saúde da própria
Outros

Categoria: Desistência do PIPCP
Sub categoria: motivos para desistência
Classificação: Inserção no mercado de trabalho
Problemas com os Filhos
Motivos de saúde
Inserção em curso de formação
Mudança de residência
Sub categoria: ausência de motivo para desistência
Classificação: Ausência de motivo
Gosto do PIPCP

Categoria: Utilidade do PIPCP
Sub categoria: Positiva
Classificação: Valorização pessoal
Ganho em competências parentais
Outros

Quando foram inquiridos sobre a sua opinião sobre o PIPCP,
- 27 participantes referiram que este programa constituía uma forma de aprenderem novas informações: “A gente aprende muita coisa, aprende com os outros” (21B), “… já sou mãe há 13 anos e tem coisas que eu nem imaginava” (91A), “estou aprendendo coisas para ensinar à minha filha” (129A), “Nós aprendemos a ser boas mães…” (144A);
- 17 dos entrevistados referiram que o PIPCP constitui uma forma de convívio: “… é um grupo bom, … um grupo unido” (29A), “conviver com as pessoas, conhecer melhor as pessoas, ser amigo das pessoas” (49B) “… gosto da companhia das pessoas” (160A);
- 12 cuidadores identificaram o PIPCP com uma forma de diversão: ”venho para aqui para me divertir um pedaço” (101A), “para mim é uma diversão” (112A), “tem sido divertido” (147A);
- 12 participantes entrevistados apontam o PIPCP como uma forma de passatempo: “A gente está em casa sem fazer nenhum, então vem-se aqui” (70A), “Eu estou em casa, estou sozinha…” (101A), “Gosto de vir para aqui, é um passatempo” (143A);
- 16 das pessoas entrevistadas é da opinião que o PIPCP constitui uma excelente forma de troca e partilha de opiniões: “é bom falar um pouco com as pessoas que aqui estão” (42A), “Também partilhámos ideias” (122A), ”a gente gosta de partilhar as coisas com as outras pessoas” (126A), “Partilhar um problema… sempre ajuda a gente” (170A).

Relativamente aos motivos que levaram os cuidadores a participar no PIPCP, 3 destes referiram que o apoio que recebiam da Ação Social os levou a participarem: “…estou recebendo apoio, tenho que vir” (85A); 10 referiram que a necessidade de se sentirem melhores pais, os terá motivado a frequentar o PIPCP: “Estou aqui pelos meus filhos” (24A), “… eu gosto de aprender coisas sobre os pequenos” (29A), “estou aprendendo coisas para ensinar à minha filha” (129A); a falta de ocupação terá sido o principal motivo que levou 3 cuidadores a participar: “… para não ficar em casa sozinha…” (143A); 13 participantes referiram que o que motiva a sua participação é o gosto pelo programa: “Porque gosto e sinto-me bem” (42A), “Se eu não gostasse, eu não vinha” (160A), “pode-se dizer, cinco estrelas” (164A).

Em relação à intervenção em grupo, dos participantes no PIPCP, 14 cuidadores referem a importância do trabalho em grupo “gosto de participar com as pessoas” (21B), “acho importante a participação em grupo” (112A), 10 referenciam a importância das relações de amizade: “temos um grupo de amigas” (85A), “fiz novos amigos” (143A); e 11 participantes apontam a importância do convívio entre colegas com os mesmos assuntos: “há umas que participam mais do que as outras, mas a gente se entende” (12A), “são todas mães como eu sou…todas sabem o que é ser mãe, o que não é” (108A). No entanto 3 cuidadoras referem que as colegas lhes causam algum desconforto: “isto há pessoas boas, pessoas más…, mas se a gente não ligar” (62A) e 4 referem que apenas existem relações entre elas no decorrer das sessões: “o convívio é mesmo só aqui” (91A).

Quanto à frequência do PIPCP, enquanto 10 cuidadoras referem que vivem perto ou têm transporte e que por isso lhes é fácil frequentar o programa: “a minha casa é perto” (129A); “vão me por e vêm me buscar. Facilita!” (122A); 5 referem que para elas a distância é uma dificuldade: “às vezes não tenho como vir” (24A). Outras das condições que referem facilitar a participação é o terem onde deixar os filhos, que 16 referem: “a minha menina fica com a avó e às vezes eu trago ela” (49A), ”elas estão na creche” (144A); 4 cuidadoras apontam as dificuldades de não terem rede de suporte que lhes dê acesso a cuidadores alternativos: “há vezes que não vou porque tenho um bebé” (12A). Verifica-se ainda que outra das condições que leva à frequência do PIPCP, é a motivação que 8 destas cuidadoras dizem sentir: “Também tem que se ter vontade. Se a gente não tiver vontade é melhor não vir” (70A) “Só se eu não puder, (…)” (144A).

Como causa para as suas faltas, 13 participantes no PIPCP referiram questões relacionadas com a saúde dos filhos. “Só faltei duas vezes, uma porque a minha pequenina estava doente…” (29A), “… faltei duas vezes porque tive que ir com o menino às urgências” (108A); 4 apontaram a sua própria saúde como motivo da falta ”Já tive que ir ao médico” (91A); enquanto 7 cuidadoras apresentam ouros motivos:”às vezes não tenho dinheiro para o transporte” (160A).

No que se refere aos motivos que levariam à desistência da frequência do PIPCP, 10 dos participantes referiram que apenas a inserção no mercado de trabalho os levaria a desistir: “… emprego, claro que desistia. Prefiro o trabalho…” (21B), “Só se for o trabalho” (45A); 3 dos cuidadores identificaram problemas com os filhos como motivo da desistência: “Só se tivesse algum filho doente” (112A); 2 dos cuidadores identificaram razões de saúde: “Só mesmo se eu fizesse o transplante” (108A); 2 dos cuidadores apontaram a frequência de cursos de formação: “… se eu ficar no curso, vou ter que deixar de vir…” (49B); 1 cuidador referiu a mudança de residência; 7 cuidadores referiram a ausência de motivo para desistir: “nenhuma, porque eu gosto do curso” (62A), “…não vou desistir do curso” (85A); 6 participantes referiram a não desistência por gosto do PIPCP: “… eu voltaria a frequentar o curo, porque eu gosto” (21A).

Por fim, questionou-se o grupo de entrevistados sobre a utilidade do PIPCP e 16 dos cuidadores apresentaram a valorização pessoal: “Tenho aprendido muito” (12A),”Há coisas que eu não sabia e que aprendi” (143A), “Eu aprendi muita coisa lá. Estou gostando” (186A); outra das questões que foi valorizada foi o ganho em termos de competências parentais, referido por 4 utentes “Já aprendi algumas coisas novas que ensinei à minha filha, depois de a gente ter dado aqui e até tem resultado” (147A); outros 4 participantes referiram outros motivos para a utilidade do PIPCP: “Deu-me muita força, que eu estava passando uma fase muito complicada” (91A).

Discussão dos resultados
Na amostra dos cuidadores que tinham desistido da sua participação nos Projetos Locais, referimos maior número de inquéritos aplicados a cuidadores do sexo feminino devido ao fato de este género estar presente em maior número, entre os cuidadores que frequentam o PIPCP. O mesmo se verificou para os cuidadores entrevistados, dos quais apenas 3 eram do sexo masculino.
Também o fato destes cuidadores serem maioritariamente dos concelhos de Funchal e Santa Cruz é resultante de estes concelhos apresentarem maior número de Projetos Locais: 4 no Funchal e 2 em Santa Cruz.
Relativamente à idade dos participantes, os estudos realizados não apresentam qualquer consenso relativamente à permanência dos cuidadores (Dumas, Nissley-Tsiopinis & Moreland, 2007). Os mesmos autores referem que os resultados também não são consensuais no que se refere ao estado marital dos cuidadores.
Coatsworth, et al. (2006) referem que o número de filhos e consequentemente o tamanho da família têm influência nesta questão da retenção, mas não referem se as pesquisas apontam este dado como positivo ou negativo.
Em relação ao nível de escolaridade, Dumas, Nissley-Tsiopinis & Moreland (2007) referem que mais uma vez os resultados das pesquisas realizadas não são consensuais relativamente a este fator. Estes autores referem ainda que os rendimentos familiares, que estão correlacionados com os níveis educacionais, mostraram prognosticar o envolvimento dos cuidadores nos programas, em apenas alguns estudos.

Tendo-se verificado que as opiniões sobre as sessões e sobre os profissionais foram de um modo geral positivas, a organização e estrutura do programa parece não ter influenciado as desistências do PIPCP. Atendendo a este fato, as evidências vão no sentido das falhas ao nível das expetativas, da motivação e das exigências operacionais do programa.
No que se refere às expetativas dos participantes, são apontados como fatores que influenciam a permanência dos participantes neste tipo de programas, o fato de estes irem ao encontro dos objetivos que os cuidadores estabeleceram (Daro et al. 2005). Estas evidências parecem verificar-se em relação aos cuidadores entrevistados que apresentam opinião positiva relativamente à sua participação no PIPCP, à utilidade que este programa tem para eles, bem como relativamente à satisfação dos motivos que os levaram a participar.
A motivação pessoal do participante para a mudança (Daro et al., 2005) e as exigências operacionais, como por exemplo, as dificuldades de acessibilidade (mudança de local de residência, falta de transporte, ou de cuidadores alternativos para os filhos), a falta de tempo ou de energia (a inserção no mercado de trabalho ou os problemas de saúde) e as diferenças culturais entre os cuidadores e os técnicos (o impedimento por parte de algum familiar em o cuidador principal participar) (Cooney, Small & O’Conner, 2007) limitam a participação nos programas. Relativamente a estas questões relacionadas com as exigências do PIPCP, levantadas pelos cuidadores alvo de entrevista, vão ao encontro da opinião dos autores referidos. Em termos de acessibilidade (o morarem perto, ou terem transporte, o terem cuidadores alternativos para os seus filhos ou levarem as crianças para o curso) parece ser fator positivo para a participação. Também a falta de tempo e energia no que se refere às condições apresentadas para a desistência de participação no PIPCP (inserção no mercado de trabalho ou em curso de formação, os problemas com a saúde dos filhos ou das próprias). O mesmo se verifica relativamente às causas da falta de assiduidade (problemas de saúde com os filhos ou com as próprias) referidos pelos participantes.

A relação com os outros participantes revelou-se conflituosa em 37% dos inquiridos. Tendo sido alvo de análise empírica por MacGowan, citado por Prado et al. (2006), esta questão da coesão do grupo (a aliança entre os membros do grupo) foi considerada prognóstica da retenção em programas de intervenção parental. Patin & Schwartz, citados pelos mesmos autores, sugeriram que a formação de alianças entre o grupo de pais pode ajudar na retenção dos participantes. Estas questões foram também levantadas nas entrevistas, tendo os participantes no PIPCP, revelado a importância da coesão grupal, da amizade e do convívio entre colegas.

A questão de mudança de residência coloca-se frequentemente em famílias de baixos recursos financeiros (Cooney, Small &O’Conner, 2007), bem como a existência de comunidades onde a coesão social é baixa, sendo fracas as redes de suporte social informais e consequentemente o apoio a estas famílias (Andrade, 2008). Também esta questão foi levantada nas entrevistas, embora com pequeno significado para este estudo.

Como refere Daro, et al. (2005), as questões socioeconómicas e segundo Givin, DePanfilis & Daining (2007) o fato de o programa não satisfazer as necessidades e pretensões dos participantes, são fatores que não abonam na sua retenção. Estes serão alguns dos motivos para a cessação de apoios monetários em espécie estarem contemplados nos resultados.

Conclusão
Apesar dos dados, quer da investigação sobre o tema, quer dos nossos inquéritos e entrevistas não serem conclusivos relativamente à retenção dos participantes nos programas de carater preventivo, existem algumas considerações que podemos pesar, como orientadoras no sentido de reter o maior número de participantes possível.
Tal como referem Cooney, Small & O’Connor (2007), estes programas devem prever um conjunto de estratégias que promovam a participação:
- Envolver a população alvo e a comunidade local no planeamento, recrutamento e implementação do programa;
- Ligar o programa a uma instituição ou indivíduo conhecido dos potenciais participantes, que seja alvo de respeito e confiança;
- Escolher cuidadosamente o local onde o programa será implementado;
- Envolver outros membros da família e da rede de suporte;
- Treinar técnicos culturalmente sensíveis, para recrutar e implementar o programa;
- Prover as necessidades básicas e incentivos à participação;
- Ser flexível na marcação do horário;
- Fazer contatos frequentes;
- Fazer esforços para manter os técnicos ao longo da implementação do programa;
- Manter as promessas;
- Ajudar os potenciais participantes a verem que o programa vale a pena.

No Programa de Intervenção Precoce e Competências Parentais, procuramos seguir estas orientações, nomeadamente do seguinte modo: envolvendo os parceiros locais no recrutamento dos participantes e o planeamento e implementação de atividades do agrado dos cuidadores; ligando os projetos locais a instituições conhecidas na comunidade; escolhendo o local de implementação central e acessível a todos os participantes; estimulando o envolvimento de outros membros da família e das redes de suporte, nomeadamente através da visita domiciliária; promovendo ações de formação dos técnicos que vão implementar o programa, no âmbito da intervenção precoce, das competências parentais e do programa; procurando o apoio da comunidade no provimento, na medida do possível, das necessidades básicas e dos incentivos à participação; procurando um horário que seja conveniente a todos os participantes; estimulando a realização de contatos frequentes dos técnicos com os participantes, para além das sessões de formação; tentando manter os técnicos nos projetos locais até final do programa; mantendo os compromissos definidos no inicio do programa; e ainda está previsto o desenvolvimento de uma ação de marketing social, no sentido de estimular potenciais participantes ao envolvimento e permanência nestes programas.

Estas diretrizes, são meramente orientadores e há que ter em conta o caso de potenciais participantes que não apresentem motivação para a mudança de atitudes, quer na sua vida, quer no âmbito dos seus comportamentos parentais.


Bibliografia

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